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Tutorial @ Overclock
Já existem por esta Internet fora muitas definições deste conceito e muitos guias e fóruns para ajudar neste processo. No entanto, muitos deles (a maior parte) não convencem suficientemente o utilizador comum a fazê-lo, talvez devido ao mito que se foi criando à medida que se foi tornando mais acessível.
O overclock, como nos sugere a palavra, é um estado de funcionamento de um componente do computador com a velocidade de relógio (frequência em Hertz) acima do normal, estado esse obviamente associado a hardware.
Por vezes quando se vê necessidade de fazer upgrade ao sistema, a solução poderá passar por overclocking, tirando dessa forma maior rendimento do hardware actual, conseguindo por vezes igualar o desempenho daquele que iríamos adquirir.
A velocidade padrão do componente está assegurada pela tensão (Volt) a que ele está definido para trabalhar. Existe uma margem ascendente (por vezes longa) de frequência que o componente tolera com essa mesma tensão até chegar a uma frequência onde é perdida a estabilidade, sendo necessário compensá-la com o incremento de tensão, aumentando consequentemente a temperatura (conceitos de Sistemas Digitais).
O overclock pode ser aplicado basicamente a quatro componentes de hardware:
CPU (processador)
Motherboard (placa-mãe)
Memória
GPU (placa gráfica)
De notar que quem procura o overclock é o gamer, entusiasta ou utilizador de software que realmente requeira grandes recursos computacionais. Se usa o PC para navegar, ouvir música, ver filmes e fazer as lidas pessoais, não é para si.
A velocidade de relógio num processador é definida multiplicando a velocidade da BUS pelo multiplicador, os quais estão definidos de fábrica (por vezes a velocidade da BUS pode ser designada por outros termos ou siglas, como HTT ou FSB. É possível consultar tudo isso com detalhe usando o CPU-Z.
O overclock está directamente relacionado com o aumento de consumo de energia, sendo necessário ter a certeza de que a fonte de alimentação consegue debitar (de forma estável) a potência necessária ao funcionamento do sistema em overclock.
Ao consumir mais energia irá, obviamente, ter de dissipá-la por forma de calor, portanto é necessária uma boa refrigeração. Resumindo, se quer iniciar-se no overclock, a fonte de alimentação e a refrigeração serão os primeiros a ter em conta. É dos factos mais importantes!
Existe também o tal mito de que o overclock danifica e encurta a vida dos componentes. Isso é verdade apenas se não forem tomadas as devidas precauções:
Certificar que a tensão aplicada ao componente não excede em demasia a tensão definida pelo fabricante (dependendo da marca e modelo poderá ir de 10% a cerca de 30%)
Garantir que o arrefecimento é capaz de dissipar a potência consumida pelo componente.
Todo o tipo de componentes eléctricos sofre tanto deterioramento quanto mais alta é temperatura a que é submetido. É essencial manter os componentes “frescos”, mesmo aqueles que trabalham a velocidades padrão onde por vezes são esses os primeiros a “morrer” por falta de cuidados nesse aspecto.
Para quem não acredita no que escrevi e prefere o mito, pense comigo: ao aplicar overclock vou fazer com que determinado componente dure 10 anos ao invés de durar 15. Valerá a pena querer mantê-lo vivo tanto tempo?! Será obsoleto…
O sucesso do overclock está dependente das potencialidades de todo o hardware envolvido, onde o essencial, em primeiro lugar é a motherboard, depois o processador e só então a memória. Recomenda-se que seja feito a partir da BIOS mas também é possível fazê-lo por software ou alterando fisicamente os componentes.
Actualmente, cada vez mais as marcas de motherboards tornam simples (ou tentam tornar) todo este processo usando definições “AUTO” e “Overclock x%” mas na prática essas definições raramente são viáveis. É necessário ter um conhecimento mais profundo para que se possam tirar resultados visíveis e rentáveis. Cada sistema é um caso e é impossível generalizar a forma como se faz overclock nos diferentes sistemas…
Existem processadores raros nos quais o multiplicador se encontra totalmente desbloqueado (caso de antigos processadores AMD Barton, ou mais actualmente dos Intel Core 2 Extreme (QX**** ou X****). Isso poderá facilitar o overclock usando apenas o incremento do seu multiplicador e tensão.
Note-se que grande parte dos processadores têm o multiplicador parcialmente desbloqueado abaixo do valor máximo (como a maioria dos processadores das anterior e actual gerações), ou seja, supondo que o processador trabalha a 3GHz e tem BUS de 333MHz, o seu multiplicador máximo é 9x (333.3×9=3000MHz), sendo que o multiplicador mínimo é, dependendo da marca, entre 4x a 6x.
Esse desbloqueio parcial deve-se à implementação das tecnologias Cool’n’Quiet (da AMD) e Intel SpeedStep (da Intel, juntamente com a Enhanced Halt State ou C1E) que foram feitas a pensar na poupança de energia e colocam o multiplicador no mínimo quando o sistema está em idle (“sem fazer nada”) e no máximo quando está em full load (carga máxima).O valor da tensão é também alterado automaticamente. Estas tecnologias poderão comprometer a estabilidade num sistema com overclock, devendo ser mantidas desligadas.
Quando o multiplicador está bloqueado (ou parcialmente desbloqueado) é necessário aumentar então a velocidade de BUS do sistema. Ao aumentá-la estão a ser alteradas também a velocidade BUS do processador, a velocidade do chipset (componente controlador da motherboard que inclui o northbridge) e consequentemente a velocidade da memória.
Quanto mais acentuado for este incremento, maior tensão é necessária para todos os componentes envolvidos, tensão essa que deve ser aplicada de forma progressiva e cuidadosa, tendo sempre em atenção as temperaturas desses mesmos componentes (que poderão ser consultadas na BIOS ou em software como Speedfan ou EVEREST).
Por norma a velocidade do chipset tem uma elevada margem de manobra mas, geralmente, não acontece o mesmo com a velocidade da memória. É para isso necessário escolher um multiplicador (ou proporção) adequado de modo a colocar a frequência da memória num valor estável.
A estabilidade da memória pode também ser controlada pelas latências, assunto que não vai ser aqui alongado. Nos sistemas que usam DDR1 é crucial que a proporção seja 1:1 de modo a obter o máximo rendimento de todo o sistema mas nos sistemas DDR2 é possível escolher livremente qualquer proporção sem comprometer drasticamente o rendimento (as BIOS recentes não nos permitem escolher a proporção mas sim a velocidade final a que a memória irá funcionar, poupando assim os cálculos do utilizador). Note-se que é essencial que a velocidade da memória esteja o mais alto possível.
[img][/img][img][/img]
Normalmente é necessário conhecer a velocidade e as latências de fábrica e certificar que a velocidade está próxima da velocidade padrão e que as latências, principalmente os três primeiros dígitos, estão iguais à velocidade padrão.
Após aplicar este método seguem-se os testes de estabilidade para haver certezas de que tudo está operacional. Quando o sistema está bastante instável ou quando alguma opção foi mal escolhida na BIOS, o computador pode não conseguir iniciar o sistema operativo ou mesmo não arrancar e fazer alguns sinais sonoros.
É necessário então repor as definições da BIOS (CMOS) de forma a poder-lhe aceder novamente e corrigir o problema. Existem já algumas marcas que implementaram tecnologias para facilitar esse processo. A melhor delas é a tecnologia da ASUS (C.P.R. - CPU Parameter Recall) que nos poupa o trabalho de abrir a caixa do computador para fazer o clear CMOS, é portanto um processo accionado automaticamente. Já a conceituada DFI usa a EZ Clear onde é necessário abrir a caixa e carregar num botão localizado na motherboard.
Na maioria das placas-mãe é necessário trocar a posição de um conector (jumper) e voltar a colocá-lo na posição inicial (se preferir tirar a pilha durante uns segundos, também resolve). Para o fazer consulte o manual da motherboard.
No que diz respeito à placa gráfica, as marcas mais conceituadas (AMD/ATI e nVidia) possuem já software adequado, fornecido com os drivers, para modificar as velocidades de relógio do GPU (processador gráfico), da memória e do shader. Deve ser feito igualmente um incremento progressivo das velocidades de relógio, onde desta vez não se alteram tensões (é possível alterá-las nalguns casos mas não será abordado aqui).
Para ajudar nesse incremento existem aplicações bastante boas: ATI Tray Tools para AMD/ATI e para a nVidia existe o RivaTuner. Para atingir automaticamente o máximo overclock na nVidia pode ser usado o ATITool.
O conceito de underclock é exactamente o inverso do overclock, em todos os aspectos. Se acha que um determinado componente aquece em demasia ou que tem um bom cooler que poderia prescindir de arrefecimento activo (ventoinha) caso as temperaturas em passivo não ultrapassassem em média os 40ºC (por exemplo), pois bem, o underclock é a solução.
Obviamente que não deverá fazê-lo caso comprometa a performance do que habitualmente faz num PC.
No entanto, a necessidade de aplicação do underclock é mínima ou nula, dadas as existentes tecnologias de consumo energético já faladas anteriormente: Cool’n’Quiet e SpeedStep. No caso da placa gráfica também existem perfis automáticos consoante a gráfica trabalhe em 2D ou 3D, diminuindo ou aumentando automaticamente a frequência caso esteja a trabalhar em 2D ou 3D, respectivamente.
Mas afinal, que resultados práticos temos com o overclock?
A única forma demonstrar isso é comparando resultados de diversas aplicações de benchmarks.
O sistema em questão é constituído por:
Processador: Intel Core2Duo E8400
Motherboard: Asus P5K
Memória: 4GB G.Skill PC2-8000 PQ
Placa gráfica: Gainward HD4870 512MB DDR5
Discos rígidos: Seagate’s 250GB 7200.10 / 500GB 7200.11
Fonte de alimentação: LC Power Arkangel 850W
Sistema operativo: Windows Vista Ultimate x64
A velocidade default (com todas as opções da BIOS em “AUTO”) é:
Processador: 333 x 9 = 3000MHz
Memória RAM: 400MHz (com proporção FSB:RAM em 5:6)
Placa gráfica: 750MHz (GPU) / 900MHz (memória, ou 3600MHz DDR)
Note-se que a velocidade default da memória RAM é 500MHz (1000MHz DDR) mas é colocada automaticamente a 400MHz, o que demonstra que as opções automáticas nem sempre são as melhores porque não coloca a frequência default. Caso não tivesse conhecimento disso, teria comprado memória PC2-8000 que, sem saber, estava a funcionar a PC2-6400. No entanto o teste foi feito dessa forma.
A velocidade em overclock é:
Processador: 445 x 9 = 4005MHz
Memória: 534MHz (com proporção FSB:RAM em 5:6. Overclock de 6.4% na memória)
Placa gráfica: 840MHz / 1090MHz (overclock de 12% no GPU e 21% na memória)
Estas velocidades não são velocidades máximas de overclock. São valores estáveis nas condições de refrigeração possíveis (no meu caso, refrigeração a ar).
Testes sintéticos ao CPU
A percentagem de overclock difere em apenas 0.18% da percentagem de ganho. Nestes testes o overclock é totalmente aproveitado.
Testes sintéticos à memória
Também aqui neste teste se verifica que o ganho é bastante próximo do overclock.
Teste geral de desempenho
Um dos benchmarks mais importantes é o PCMark. Esta aplicação testa o desempenho geral do sistema. O overclock do GPU não é relevante nesta aplicação.
Testes gráficos
Foram escolhidos 7 diferentes testes. Ambos foram testados 4 vezes:
CPU default / GPU default (serve de termo de comparação)
CPU overclocked / GPU default (demonstra o ganho com overclock apenas do CPU)
CPU default / GPU overclocked (demonstra o ganho com overclock apenas do GPU)
CPU overclocked / GPU overclocked (demonstra a performance máxima)
As unidades de resultado dos jogos é em FPS (frames per second) enquanto que os resultados dos 3DMark são em pontuação própria.
Todos estes testes são conceituados e comparáveis por esta internet fora. Poderei revelar os detalhes gráficos escolhidos em cada jogo; basta pedir.
Overclock de CPU
[img][/img]
Overclock de GPU
Overclock de CPU e GPU
(o gráfico abaixo já engloba os resultados desta tabela)
Após estes testes pode-se verificar que o sucesso do overclock, quer de CPU quer de GPU, é muito dependente da aplicação em causa e da sua optimização para com o hardware.
Como exemplo, podemos reparar que o GTA IV depende pouco do overclock do GPU e toma mais partido do CPU. Já o FarCry em DX10 é o contrário, o overclock no CPU é-lhe praticamente indiferente e exige mais a nível de GPU.
É possível então concluir que a melhor forma de melhorar o desempenho gráfico é com overclock simultâneo no sistema (processador + motherboard + memória) e na placa gráfica.
O ganho médio de todos os testes efectuados é 21,09%.
O overclock médio é 24,96%.
A eficácia média de overclock é de 84.495%. É bom, não é?
Para melhor discutir alguma dúvida ou questão relativa a este artigo, use o tópico no nosso fórum.
Software útil
Informação de hardware:
CPU-Z v1.49
GPU-Z v0.3.1
CoreTemp v0.99.4 32bi
CoreTemp v0.99.4 64bi
EVEREST v4.60 (trial)
Testar a estabilidade do sistema:
Orthos
Prime95 v25.8 32bit
Prime95 v25.8 64bit
S&M v1.9.0b
OCCT v3.0.0
Intel BurnTest v1.9
Overclock de GPU e controlo de ventoinhas:
ATI Tray Tools v1.6.9.1374b
ATI Tool
RivaTuner v2.22
Speedfan v4.37
Benchmarks:
Todos os 3DMarks e PCMarks
Sandra 2009 SP2 (evaluation)
O overclock, como nos sugere a palavra, é um estado de funcionamento de um componente do computador com a velocidade de relógio (frequência em Hertz) acima do normal, estado esse obviamente associado a hardware.
Por vezes quando se vê necessidade de fazer upgrade ao sistema, a solução poderá passar por overclocking, tirando dessa forma maior rendimento do hardware actual, conseguindo por vezes igualar o desempenho daquele que iríamos adquirir.
A velocidade padrão do componente está assegurada pela tensão (Volt) a que ele está definido para trabalhar. Existe uma margem ascendente (por vezes longa) de frequência que o componente tolera com essa mesma tensão até chegar a uma frequência onde é perdida a estabilidade, sendo necessário compensá-la com o incremento de tensão, aumentando consequentemente a temperatura (conceitos de Sistemas Digitais).
O overclock pode ser aplicado basicamente a quatro componentes de hardware:
CPU (processador)
Motherboard (placa-mãe)
Memória
GPU (placa gráfica)
De notar que quem procura o overclock é o gamer, entusiasta ou utilizador de software que realmente requeira grandes recursos computacionais. Se usa o PC para navegar, ouvir música, ver filmes e fazer as lidas pessoais, não é para si.
A velocidade de relógio num processador é definida multiplicando a velocidade da BUS pelo multiplicador, os quais estão definidos de fábrica (por vezes a velocidade da BUS pode ser designada por outros termos ou siglas, como HTT ou FSB. É possível consultar tudo isso com detalhe usando o CPU-Z.
O overclock está directamente relacionado com o aumento de consumo de energia, sendo necessário ter a certeza de que a fonte de alimentação consegue debitar (de forma estável) a potência necessária ao funcionamento do sistema em overclock.
Ao consumir mais energia irá, obviamente, ter de dissipá-la por forma de calor, portanto é necessária uma boa refrigeração. Resumindo, se quer iniciar-se no overclock, a fonte de alimentação e a refrigeração serão os primeiros a ter em conta. É dos factos mais importantes!
Existe também o tal mito de que o overclock danifica e encurta a vida dos componentes. Isso é verdade apenas se não forem tomadas as devidas precauções:
Certificar que a tensão aplicada ao componente não excede em demasia a tensão definida pelo fabricante (dependendo da marca e modelo poderá ir de 10% a cerca de 30%)
Garantir que o arrefecimento é capaz de dissipar a potência consumida pelo componente.
Todo o tipo de componentes eléctricos sofre tanto deterioramento quanto mais alta é temperatura a que é submetido. É essencial manter os componentes “frescos”, mesmo aqueles que trabalham a velocidades padrão onde por vezes são esses os primeiros a “morrer” por falta de cuidados nesse aspecto.
Para quem não acredita no que escrevi e prefere o mito, pense comigo: ao aplicar overclock vou fazer com que determinado componente dure 10 anos ao invés de durar 15. Valerá a pena querer mantê-lo vivo tanto tempo?! Será obsoleto…
O sucesso do overclock está dependente das potencialidades de todo o hardware envolvido, onde o essencial, em primeiro lugar é a motherboard, depois o processador e só então a memória. Recomenda-se que seja feito a partir da BIOS mas também é possível fazê-lo por software ou alterando fisicamente os componentes.
Actualmente, cada vez mais as marcas de motherboards tornam simples (ou tentam tornar) todo este processo usando definições “AUTO” e “Overclock x%” mas na prática essas definições raramente são viáveis. É necessário ter um conhecimento mais profundo para que se possam tirar resultados visíveis e rentáveis. Cada sistema é um caso e é impossível generalizar a forma como se faz overclock nos diferentes sistemas…
Existem processadores raros nos quais o multiplicador se encontra totalmente desbloqueado (caso de antigos processadores AMD Barton, ou mais actualmente dos Intel Core 2 Extreme (QX**** ou X****). Isso poderá facilitar o overclock usando apenas o incremento do seu multiplicador e tensão.
Note-se que grande parte dos processadores têm o multiplicador parcialmente desbloqueado abaixo do valor máximo (como a maioria dos processadores das anterior e actual gerações), ou seja, supondo que o processador trabalha a 3GHz e tem BUS de 333MHz, o seu multiplicador máximo é 9x (333.3×9=3000MHz), sendo que o multiplicador mínimo é, dependendo da marca, entre 4x a 6x.
Esse desbloqueio parcial deve-se à implementação das tecnologias Cool’n’Quiet (da AMD) e Intel SpeedStep (da Intel, juntamente com a Enhanced Halt State ou C1E) que foram feitas a pensar na poupança de energia e colocam o multiplicador no mínimo quando o sistema está em idle (“sem fazer nada”) e no máximo quando está em full load (carga máxima).O valor da tensão é também alterado automaticamente. Estas tecnologias poderão comprometer a estabilidade num sistema com overclock, devendo ser mantidas desligadas.
Quando o multiplicador está bloqueado (ou parcialmente desbloqueado) é necessário aumentar então a velocidade de BUS do sistema. Ao aumentá-la estão a ser alteradas também a velocidade BUS do processador, a velocidade do chipset (componente controlador da motherboard que inclui o northbridge) e consequentemente a velocidade da memória.
Quanto mais acentuado for este incremento, maior tensão é necessária para todos os componentes envolvidos, tensão essa que deve ser aplicada de forma progressiva e cuidadosa, tendo sempre em atenção as temperaturas desses mesmos componentes (que poderão ser consultadas na BIOS ou em software como Speedfan ou EVEREST).
Por norma a velocidade do chipset tem uma elevada margem de manobra mas, geralmente, não acontece o mesmo com a velocidade da memória. É para isso necessário escolher um multiplicador (ou proporção) adequado de modo a colocar a frequência da memória num valor estável.
A estabilidade da memória pode também ser controlada pelas latências, assunto que não vai ser aqui alongado. Nos sistemas que usam DDR1 é crucial que a proporção seja 1:1 de modo a obter o máximo rendimento de todo o sistema mas nos sistemas DDR2 é possível escolher livremente qualquer proporção sem comprometer drasticamente o rendimento (as BIOS recentes não nos permitem escolher a proporção mas sim a velocidade final a que a memória irá funcionar, poupando assim os cálculos do utilizador). Note-se que é essencial que a velocidade da memória esteja o mais alto possível.
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Normalmente é necessário conhecer a velocidade e as latências de fábrica e certificar que a velocidade está próxima da velocidade padrão e que as latências, principalmente os três primeiros dígitos, estão iguais à velocidade padrão.
Após aplicar este método seguem-se os testes de estabilidade para haver certezas de que tudo está operacional. Quando o sistema está bastante instável ou quando alguma opção foi mal escolhida na BIOS, o computador pode não conseguir iniciar o sistema operativo ou mesmo não arrancar e fazer alguns sinais sonoros.
É necessário então repor as definições da BIOS (CMOS) de forma a poder-lhe aceder novamente e corrigir o problema. Existem já algumas marcas que implementaram tecnologias para facilitar esse processo. A melhor delas é a tecnologia da ASUS (C.P.R. - CPU Parameter Recall) que nos poupa o trabalho de abrir a caixa do computador para fazer o clear CMOS, é portanto um processo accionado automaticamente. Já a conceituada DFI usa a EZ Clear onde é necessário abrir a caixa e carregar num botão localizado na motherboard.
Na maioria das placas-mãe é necessário trocar a posição de um conector (jumper) e voltar a colocá-lo na posição inicial (se preferir tirar a pilha durante uns segundos, também resolve). Para o fazer consulte o manual da motherboard.
No que diz respeito à placa gráfica, as marcas mais conceituadas (AMD/ATI e nVidia) possuem já software adequado, fornecido com os drivers, para modificar as velocidades de relógio do GPU (processador gráfico), da memória e do shader. Deve ser feito igualmente um incremento progressivo das velocidades de relógio, onde desta vez não se alteram tensões (é possível alterá-las nalguns casos mas não será abordado aqui).
Para ajudar nesse incremento existem aplicações bastante boas: ATI Tray Tools para AMD/ATI e para a nVidia existe o RivaTuner. Para atingir automaticamente o máximo overclock na nVidia pode ser usado o ATITool.
O conceito de underclock é exactamente o inverso do overclock, em todos os aspectos. Se acha que um determinado componente aquece em demasia ou que tem um bom cooler que poderia prescindir de arrefecimento activo (ventoinha) caso as temperaturas em passivo não ultrapassassem em média os 40ºC (por exemplo), pois bem, o underclock é a solução.
Obviamente que não deverá fazê-lo caso comprometa a performance do que habitualmente faz num PC.
No entanto, a necessidade de aplicação do underclock é mínima ou nula, dadas as existentes tecnologias de consumo energético já faladas anteriormente: Cool’n’Quiet e SpeedStep. No caso da placa gráfica também existem perfis automáticos consoante a gráfica trabalhe em 2D ou 3D, diminuindo ou aumentando automaticamente a frequência caso esteja a trabalhar em 2D ou 3D, respectivamente.
Mas afinal, que resultados práticos temos com o overclock?
A única forma demonstrar isso é comparando resultados de diversas aplicações de benchmarks.
O sistema em questão é constituído por:
Processador: Intel Core2Duo E8400
Motherboard: Asus P5K
Memória: 4GB G.Skill PC2-8000 PQ
Placa gráfica: Gainward HD4870 512MB DDR5
Discos rígidos: Seagate’s 250GB 7200.10 / 500GB 7200.11
Fonte de alimentação: LC Power Arkangel 850W
Sistema operativo: Windows Vista Ultimate x64
A velocidade default (com todas as opções da BIOS em “AUTO”) é:
Processador: 333 x 9 = 3000MHz
Memória RAM: 400MHz (com proporção FSB:RAM em 5:6)
Placa gráfica: 750MHz (GPU) / 900MHz (memória, ou 3600MHz DDR)
Note-se que a velocidade default da memória RAM é 500MHz (1000MHz DDR) mas é colocada automaticamente a 400MHz, o que demonstra que as opções automáticas nem sempre são as melhores porque não coloca a frequência default. Caso não tivesse conhecimento disso, teria comprado memória PC2-8000 que, sem saber, estava a funcionar a PC2-6400. No entanto o teste foi feito dessa forma.
A velocidade em overclock é:
Processador: 445 x 9 = 4005MHz
Memória: 534MHz (com proporção FSB:RAM em 5:6. Overclock de 6.4% na memória)
Placa gráfica: 840MHz / 1090MHz (overclock de 12% no GPU e 21% na memória)
Estas velocidades não são velocidades máximas de overclock. São valores estáveis nas condições de refrigeração possíveis (no meu caso, refrigeração a ar).
Testes sintéticos ao CPU
A percentagem de overclock difere em apenas 0.18% da percentagem de ganho. Nestes testes o overclock é totalmente aproveitado.
Testes sintéticos à memória
Também aqui neste teste se verifica que o ganho é bastante próximo do overclock.
Teste geral de desempenho
Um dos benchmarks mais importantes é o PCMark. Esta aplicação testa o desempenho geral do sistema. O overclock do GPU não é relevante nesta aplicação.
Testes gráficos
Foram escolhidos 7 diferentes testes. Ambos foram testados 4 vezes:
CPU default / GPU default (serve de termo de comparação)
CPU overclocked / GPU default (demonstra o ganho com overclock apenas do CPU)
CPU default / GPU overclocked (demonstra o ganho com overclock apenas do GPU)
CPU overclocked / GPU overclocked (demonstra a performance máxima)
As unidades de resultado dos jogos é em FPS (frames per second) enquanto que os resultados dos 3DMark são em pontuação própria.
Todos estes testes são conceituados e comparáveis por esta internet fora. Poderei revelar os detalhes gráficos escolhidos em cada jogo; basta pedir.
Overclock de CPU
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Overclock de GPU
Overclock de CPU e GPU
(o gráfico abaixo já engloba os resultados desta tabela)
Após estes testes pode-se verificar que o sucesso do overclock, quer de CPU quer de GPU, é muito dependente da aplicação em causa e da sua optimização para com o hardware.
Como exemplo, podemos reparar que o GTA IV depende pouco do overclock do GPU e toma mais partido do CPU. Já o FarCry em DX10 é o contrário, o overclock no CPU é-lhe praticamente indiferente e exige mais a nível de GPU.
É possível então concluir que a melhor forma de melhorar o desempenho gráfico é com overclock simultâneo no sistema (processador + motherboard + memória) e na placa gráfica.
O ganho médio de todos os testes efectuados é 21,09%.
O overclock médio é 24,96%.
A eficácia média de overclock é de 84.495%. É bom, não é?
Para melhor discutir alguma dúvida ou questão relativa a este artigo, use o tópico no nosso fórum.
Software útil
Informação de hardware:
CPU-Z v1.49
GPU-Z v0.3.1
CoreTemp v0.99.4 32bi
CoreTemp v0.99.4 64bi
EVEREST v4.60 (trial)
Testar a estabilidade do sistema:
Orthos
Prime95 v25.8 32bit
Prime95 v25.8 64bit
S&M v1.9.0b
OCCT v3.0.0
Intel BurnTest v1.9
Overclock de GPU e controlo de ventoinhas:
ATI Tray Tools v1.6.9.1374b
ATI Tool
RivaTuner v2.22
Speedfan v4.37
Benchmarks:
Todos os 3DMarks e PCMarks
Sandra 2009 SP2 (evaluation)
Re: Tutorial @ Overclock
Eu por acaso tinha conhecimento desto..
mas porque estou no curso de informatica e ja dei esto...
mas aqui esta mesmo muito bem esplicado..parabens... :D
mas porque estou no curso de informatica e ja dei esto...
mas aqui esta mesmo muito bem esplicado..parabens... :D
Re: Tutorial @ Overclock
:twisted: Quem da mais!?
Riey com que VCore e MB tas?
tentone- Mensagens : 77
Sou de: : Casa
Reputação: : 0
Money: : 11358
Data de inscrição : 23/06/2009
Re: Tutorial @ Overclock
Asus P5E...
Já não me lembro do VCore, eu fiz reset à board à pouco tempo e pus a 3.0GHz, para que é que é preciso um QuadCore a 4GHz? lool
Eu a 3.9GHz, já notei o processador um bocado instavel, não quis forçar mais, não queria acabar com uma torradeira em vez de um pc, além disso as rams também tavam Overclockadas e não queria forçar muito :D
Já não me lembro do VCore, eu fiz reset à board à pouco tempo e pus a 3.0GHz, para que é que é preciso um QuadCore a 4GHz? lool
Eu a 3.9GHz, já notei o processador um bocado instavel, não quis forçar mais, não queria acabar com uma torradeira em vez de um pc, além disso as rams também tavam Overclockadas e não queria forçar muito :D
Re: Tutorial @ Overclock
Va nao xeguei a ler o toturial mas vou dar algumas dicas......xega de armanço!
-Casos em que se pode ter um desempenho extra é ao colocar o Front side bus = freq das memorias
como as memorias actualmente sao DDR (Dual Data Rate), a frequencia interna das mesmas é metade da que nos é indicada, o mais comum é memorias DDR2 667 e 800MHz,
Por Exemplo que tiver um E6550, e memorias DDR2 800MHz.
Mete FSB a 400MHz, fica com a frequencia externa do CPU a 2.8GHz(que se estabilisam facilmente com o VCore de origem ou com mais 0.01V Resolve-se), e consegue aproveitar toda a largura de banda das memorias.........!,
-Tentar sempre manter o VCore o mais baixo possivel ajuda, pois quanto mais alto o VCore mais rapido o CPU se desgasta!, para testar a estabilidade do CPU Recomendo correr IntelBurn Test ou talvez um OCCT(este é recente).......
-Overclock nas graficas nao recomendo muito.....mas que for fazer convem fazer so mesmo a nivel de GPU e Shader Clock, nas memorias das graficas convem nao mexer mesmo, elas ja venhem muito puxadas de fabrica......e já agora, quem tem ATI pode ja esquecer o OC na grafica...é mesmo muito arriscado.....
-Casos em que se pode ter um desempenho extra é ao colocar o Front side bus = freq das memorias
como as memorias actualmente sao DDR (Dual Data Rate), a frequencia interna das mesmas é metade da que nos é indicada, o mais comum é memorias DDR2 667 e 800MHz,
Por Exemplo que tiver um E6550, e memorias DDR2 800MHz.
Mete FSB a 400MHz, fica com a frequencia externa do CPU a 2.8GHz(que se estabilisam facilmente com o VCore de origem ou com mais 0.01V Resolve-se), e consegue aproveitar toda a largura de banda das memorias.........!,
-Tentar sempre manter o VCore o mais baixo possivel ajuda, pois quanto mais alto o VCore mais rapido o CPU se desgasta!, para testar a estabilidade do CPU Recomendo correr IntelBurn Test ou talvez um OCCT(este é recente).......
-Overclock nas graficas nao recomendo muito.....mas que for fazer convem fazer so mesmo a nivel de GPU e Shader Clock, nas memorias das graficas convem nao mexer mesmo, elas ja venhem muito puxadas de fabrica......e já agora, quem tem ATI pode ja esquecer o OC na grafica...é mesmo muito arriscado.....
tentone- Mensagens : 77
Sou de: : Casa
Reputação: : 0
Money: : 11358
Data de inscrição : 23/06/2009
Re: Tutorial @ Overclock
tentone escreveu:Va nao xeguei a ler o toturial mas vou dar algumas dicas......xega de armanço!
-Casos em que se pode ter um desempenho extra é ao colocar o Front side bus = freq das memorias
como as memorias actualmente sao DDR (Dual Data Rate), a frequencia interna das mesmas é metade da que nos é indicada, o mais comum é memorias DDR2 667 e 800MHz,
Por Exemplo que tiver um E6550, e memorias DDR2 800MHz.
Mete FSB a 400MHz, fica com a frequencia externa do CPU a 2.8GHz(que se estabilisam facilmente com o VCore de origem ou com mais 0.01V Resolve-se), e consegue aproveitar toda a largura de banda das memorias.........!,
-Tentar sempre manter o VCore o mais baixo possivel ajuda, pois quanto mais alto o VCore mais rapido o CPU se desgasta!, para testar a estabilidade do CPU Recomendo correr IntelBurn Test ou talvez um OCCT(este é recente).......
-Overclock nas graficas nao recomendo muito.....mas que for fazer convem fazer so mesmo a nivel de GPU e Shader Clock, nas memorias das graficas convem nao mexer mesmo, elas ja venhem muito puxadas de fabrica......e já agora, quem tem ATI pode ja esquecer o OC na grafica...é mesmo muito arriscado.....
melhor ainda é baixar as latências...
Tenho aqui uns prints de Março de 2008 quando mandei o processador a 3,8GHz, os prints são a 3,7GHz....
as latências das minhas rams eram 6-6-6, eu mandei-as para 4-4-4, no print estão a 5-5-5
não tenho é prints disso tudo :x
Re: Tutorial @ Overclock
Sim baixar as latecnias ajuda bastante mas para quem ainda é iniciado é um pouco arriscado,! convem ter alguns cuidados.....eu para mim memorias é sempre de lat baixa de fabrica.......
Actualmente tenho uma OCZ Titanium e de fabrita tenhem lat. 4-4-3-15
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tentone- Mensagens : 77
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Re: Tutorial @ Overclock
fogo nao qeres o bittorrent ou mais uns quantos para sacar? xD
-bt next
-azureus
-Emule
nao te chegam estes? :P
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DiogoCanais- Mensagens : 2190
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Re: Tutorial @ Overclock
Overclock é simplesmente fazer com que o CPU ou outro componente do PC trabalhe a cima das velocidades especificadas pela amrca, actualmente isso ja é possibel alterando na BIOS algumas coisas, mas tambem é nessessario ter cuidadados, pois isto desgasta o CPU e afins...........any question?
tentone- Mensagens : 77
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Re: Tutorial @ Overclock
Básicamente é...
Compras um processador de 2,0GHz, e com Overclock (o nome do tópico tá mal), poes o processador a 3,0GHz por exemplo....
Compras um processador de 2,0GHz, e com Overclock (o nome do tópico tá mal), poes o processador a 3,0GHz por exemplo....
Re: Tutorial @ Overclock
A costa disso ja estraguei um Core 2 duo
SOMBRA_THE_KING- Mensagens : 346
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Re: Tutorial @ Overclock
Bem, preciso de fazer um overcloock..
Alguem me poderia ajudar???
Cumps
Alguem me poderia ajudar???
Cumps
Isaias- Mensagens : 380
Sou de: : 2 passos atraz de ti :D
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