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Onde estás?
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sparky
beeatrizsilvaa
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Onde estás?
Maria sentia o frio correr nas suas veias. Sentia dor, medo e solidão por todo o seu corpo. A noite estava gélida, chovia e fazia vento. Andava perdida no meio da cidade, como se andasse à deriva de algo. Decidiu voltar a casa, pensando que os seus pais estivessem preocupados. Chegou finalmente, depois de uma longa caminhada. Eram cerca das 2 da manhã. Tocou à campainha porém, ninguém abriu a porta. Tirou as suas chaves da sua pequena roxa carteira, onde também trazia o seu telemóvel, uma caneta e algumas moedas. Abriu lentamente a porta e chamou por todos: mãe, pai e irmão. Ninguém, nenhum bilhete, nenhum aviso, nada. Sentiu um forte arrepio por todo o corpo, como se estivesse a ter um mau pressentimento. Foi-se deitar com o objectivo de o deixar de lado e de esquecer tudo o que se havia passado na sua vida, desde o primeiro momento que se conseguia lembrar da sua infância até àquele preciso momento. A partir daí, Maria nunca mais voltou a ser a doce rapariga que era. Os seus pais precisavam urgentemente de uma solução para o que se estava a passar.
-Será que lhe faltam amigos?- dizia a mãe.
-A nossa filha? Sem amigos? Achas que uma rapariga como a nossa filha precisa ainda de mais amigos? Isso é o que não lhe falta!
O pai de Maria não a conhecia bem, definitivamente. A mãe decidiu arranjar alguém que lhe pudesse fazer a devida companhia e, possivelmente, trazê-la de novo ao anjo que era. Após muito procurar por alguém que lhe parecesse fiável, encontrou uma rapariga que encaixava perfeitamente no perfil de pessoa que procurava. De estatura média, olhos castanhos-escuros, cabelo castanho comprido e estatura média, Cláudia era uma rapariga modesta e, acima de tudo, simpática. A mãe de Maria decidiu então apresentá-las uma à outra: ao início,* as suas conversas eram um pouco frias e vazias- eram apenas o simples diálogo típico de adolescentes ("Olá","Tudo bem?","Que estás a fazer?", e por aí adiante). Não falavam sobre nada, a não ser a dita conversa. Visto que nunca tinham sequer tentado saber algo mais sobre a outra, passado algumas semanas sentiram necessidade de o fazer. Já era cansativa sempre a mesma conversa.
Começaram inicialmente por conhecer os gostos uma da outra. Sempre tinham mais algo para conversar, e a cada dia descobriam mais algo sobre a outra, ainda que fosse só um pequeno pormenor. Passaram assim longos meses, até que já se conheciam como a palma da sua mão. Durante esse tempo todo, foram também ganhando alguma confiança, aumentando assim a força da sua amizade.
Passou então um ano. Já muito sabiam uma da outra, muitos segredos entre elas guardavam, sobre muito conversavam, muita coisa juntas faziam, e sim, tinham as suas discussões como em qualquer amizade normal, mas estavam tão próximas que acabavam sempre por perdoar. Enquanto perdidas no meio do oceano que era a sua amizade, Maria voltou a trazer ao de cima a sua doçura.
Havia uma ligação especial entre elas que as tornava inseparáveis, nada nem ninguém era capaz de as separar. Como se tivessem sido coladas uma à outra com Super Cola, ou algemadas. Mais outro ano se passou e continuavam na mesma. As suas conversas eram inesquecíveis, principalmente quando as duas se riam como bebés. Eram confidentes, conselheiras, irmãs, tudo uma à outra. Havia vezes até que Maria, dois anos mais nova que Cláudia parecia ser sua mãe, já que esta praticava actos infantis em relação a algumas pessoas e Maria a "obrigava" a corrigi-los. Estavam constantemente a falar, a defender, apoiar, ajudar, fazer rir/sorrir a outra, sempre na inocência de que nada iria acontecer.
Alguns meses mais passaram e a sua amizade começou a decrescer e a ligação começou a romper-se... Maria fez de tudo para não deixar aquela tão importante relação morrer como uma flor sem luz e água, mas não conseguiu. Tentou agarrá-la com unhas e dentes, mas nada feito. Cada vez falavam menos e estavam a afastar-se demasiado, até porque não viviam na mesma cidade e nem sempre estavam juntas. Pouco tempo foi necessário até à amizade que haviam semeado durante bastante tempo quebrasse. Mas pelos vistos, nenhuma delas se importou com isso. Continuaram em frente as duas, sem nunca mais falar, nunca mais saber nada da outra, nada, nada. Absolutamente nada... Passaram meses e continuaram ambas na pura da ignorância, sem se aperceberem que estavam a deixar morrer algo que poderia nunca mais voltar a crescer.
Cada uma na sua vida, com os seus amigos, os seus segredos, as suas coisas. Maria finalmente se apercebeu que deixara escorrer das suas mãos o seu maior bem. Durante meses ponderou o que se passaria com Cláudia, onde andaria, se estaria bem ou mal, se teria um novo namorado ou até mesmo se se lembraria de si. Mas não passava de simples pensamentos, visto que os seus actos eram nulos. Voltou de novo a esquecê-la permanecendo igual.
Por mero acaso, num dia qualquer, a uma hora qualquer, num sítio qualquer relembrou-a. Sentiu pequenas lágrimas caírem sobre o seu rosado e delicado rosto, os seus olhos ardiam, a sua cabeça estava pesada. Começou assim a formular diversas hipóteses para o que poderia ter acontecido para começarem a falar menos e depois disso, não falarem mesmo nunca mais. Mas nada fazia sentido, visto que Cláudia já não tinha conta em nenhuma rede social (Hi5, Facebook, nada), os seus dois e-mails estavam adormecidos tanto que Maria já nem sabia desde quando, e todas as mensagens que tentava enviar-lhe, incluindo aquelas de há meses atrás, permaneciam sempre na caixa de saída do seu telemóvel, chegando à conclusão que o telemóvel de Cláudia estava desligado. Infelizmente, restou-lhe uma hipótese... Estaria Cláudia morta? Não queria sequer imaginar isso, mas começou a falar com amigos de ambas e todos acharam muito estranho, e também, na cabeça deles nada fazia sentido, apenas isso. Maria queria falar com alguém amigo ou familiar de Clau mas não tinha o contacto de ninguém nem sabia ao certo a casa onde morava. Sentiu de súbito a sua cara a encher-se de lágrimas e a sua cabeça a ficar mais e mais e mais pesada…
Seria verdade? Não seria? Onde estaria Cláudia? …
* aqui começa a parte verídica.
A história é um pouco grande visto que foi baseada naquilo que me aconteceu (para aqueles que não perceberam, eu sou a "Maria") e como me toca um pouco, fui escrevendo aos poucos, portanto ficou maior que o habitual.
-Será que lhe faltam amigos?- dizia a mãe.
-A nossa filha? Sem amigos? Achas que uma rapariga como a nossa filha precisa ainda de mais amigos? Isso é o que não lhe falta!
O pai de Maria não a conhecia bem, definitivamente. A mãe decidiu arranjar alguém que lhe pudesse fazer a devida companhia e, possivelmente, trazê-la de novo ao anjo que era. Após muito procurar por alguém que lhe parecesse fiável, encontrou uma rapariga que encaixava perfeitamente no perfil de pessoa que procurava. De estatura média, olhos castanhos-escuros, cabelo castanho comprido e estatura média, Cláudia era uma rapariga modesta e, acima de tudo, simpática. A mãe de Maria decidiu então apresentá-las uma à outra: ao início,* as suas conversas eram um pouco frias e vazias- eram apenas o simples diálogo típico de adolescentes ("Olá","Tudo bem?","Que estás a fazer?", e por aí adiante). Não falavam sobre nada, a não ser a dita conversa. Visto que nunca tinham sequer tentado saber algo mais sobre a outra, passado algumas semanas sentiram necessidade de o fazer. Já era cansativa sempre a mesma conversa.
Começaram inicialmente por conhecer os gostos uma da outra. Sempre tinham mais algo para conversar, e a cada dia descobriam mais algo sobre a outra, ainda que fosse só um pequeno pormenor. Passaram assim longos meses, até que já se conheciam como a palma da sua mão. Durante esse tempo todo, foram também ganhando alguma confiança, aumentando assim a força da sua amizade.
Passou então um ano. Já muito sabiam uma da outra, muitos segredos entre elas guardavam, sobre muito conversavam, muita coisa juntas faziam, e sim, tinham as suas discussões como em qualquer amizade normal, mas estavam tão próximas que acabavam sempre por perdoar. Enquanto perdidas no meio do oceano que era a sua amizade, Maria voltou a trazer ao de cima a sua doçura.
Havia uma ligação especial entre elas que as tornava inseparáveis, nada nem ninguém era capaz de as separar. Como se tivessem sido coladas uma à outra com Super Cola, ou algemadas. Mais outro ano se passou e continuavam na mesma. As suas conversas eram inesquecíveis, principalmente quando as duas se riam como bebés. Eram confidentes, conselheiras, irmãs, tudo uma à outra. Havia vezes até que Maria, dois anos mais nova que Cláudia parecia ser sua mãe, já que esta praticava actos infantis em relação a algumas pessoas e Maria a "obrigava" a corrigi-los. Estavam constantemente a falar, a defender, apoiar, ajudar, fazer rir/sorrir a outra, sempre na inocência de que nada iria acontecer.
Alguns meses mais passaram e a sua amizade começou a decrescer e a ligação começou a romper-se... Maria fez de tudo para não deixar aquela tão importante relação morrer como uma flor sem luz e água, mas não conseguiu. Tentou agarrá-la com unhas e dentes, mas nada feito. Cada vez falavam menos e estavam a afastar-se demasiado, até porque não viviam na mesma cidade e nem sempre estavam juntas. Pouco tempo foi necessário até à amizade que haviam semeado durante bastante tempo quebrasse. Mas pelos vistos, nenhuma delas se importou com isso. Continuaram em frente as duas, sem nunca mais falar, nunca mais saber nada da outra, nada, nada. Absolutamente nada... Passaram meses e continuaram ambas na pura da ignorância, sem se aperceberem que estavam a deixar morrer algo que poderia nunca mais voltar a crescer.
Cada uma na sua vida, com os seus amigos, os seus segredos, as suas coisas. Maria finalmente se apercebeu que deixara escorrer das suas mãos o seu maior bem. Durante meses ponderou o que se passaria com Cláudia, onde andaria, se estaria bem ou mal, se teria um novo namorado ou até mesmo se se lembraria de si. Mas não passava de simples pensamentos, visto que os seus actos eram nulos. Voltou de novo a esquecê-la permanecendo igual.
Por mero acaso, num dia qualquer, a uma hora qualquer, num sítio qualquer relembrou-a. Sentiu pequenas lágrimas caírem sobre o seu rosado e delicado rosto, os seus olhos ardiam, a sua cabeça estava pesada. Começou assim a formular diversas hipóteses para o que poderia ter acontecido para começarem a falar menos e depois disso, não falarem mesmo nunca mais. Mas nada fazia sentido, visto que Cláudia já não tinha conta em nenhuma rede social (Hi5, Facebook, nada), os seus dois e-mails estavam adormecidos tanto que Maria já nem sabia desde quando, e todas as mensagens que tentava enviar-lhe, incluindo aquelas de há meses atrás, permaneciam sempre na caixa de saída do seu telemóvel, chegando à conclusão que o telemóvel de Cláudia estava desligado. Infelizmente, restou-lhe uma hipótese... Estaria Cláudia morta? Não queria sequer imaginar isso, mas começou a falar com amigos de ambas e todos acharam muito estranho, e também, na cabeça deles nada fazia sentido, apenas isso. Maria queria falar com alguém amigo ou familiar de Clau mas não tinha o contacto de ninguém nem sabia ao certo a casa onde morava. Sentiu de súbito a sua cara a encher-se de lágrimas e a sua cabeça a ficar mais e mais e mais pesada…
Seria verdade? Não seria? Onde estaria Cláudia? …
* aqui começa a parte verídica.
A história é um pouco grande visto que foi baseada naquilo que me aconteceu (para aqueles que não perceberam, eu sou a "Maria") e como me toca um pouco, fui escrevendo aos poucos, portanto ficou maior que o habitual.
beeatrizsilvaa- Mensagens : 1399
Sou de: : Gaia.
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Data de inscrição : 21/05/2011
Re: Onde estás?
adorei :D
sparky- Mensagens : 7428
Sou de: : lisboa, cacém
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Data de inscrição : 21/12/2009
Re: Onde estás?
Grande, mas lindo :)
Ellê- Mensagens : 11195
Sou de: : Viana do Castelo
Reputação: : 140
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Data de inscrição : 13/06/2010
Re: Onde estás?
Obrigada.
beeatrizsilvaa- Mensagens : 1399
Sou de: : Gaia.
Reputação: : 7
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Data de inscrição : 21/05/2011
Re: Onde estás?
ADOREI, mesmo lindo.
Jucaa- Mensagens : 4705
Sou de: : Faro
Reputação: : 11
Money: : 305472
Data de inscrição : 01/04/2011
Re: Onde estás?
- que lindo (: ja agora , conseguis-te voltar a falar com ela ?
--RaQuEl--- Mensagens : 4053
Sou de: : Gaia
Reputação: : 53
Money: : 12446
Data de inscrição : 14/09/2010
Re: Onde estás?
Obrigada Juca e Raquel.
Não Raquel, isso aconteceu à pouco tempo.. :x
Não Raquel, isso aconteceu à pouco tempo.. :x
beeatrizsilvaa- Mensagens : 1399
Sou de: : Gaia.
Reputação: : 7
Money: : 13476
Data de inscrição : 21/05/2011
Re: Onde estás?
Gostei do texto :)
Não tens mesmo nenhuma maneira de contactar com ela? x)
Não tens mesmo nenhuma maneira de contactar com ela? x)
Convidado- Convidado
Re: Onde estás?
Obrigada Nádia.
Não. As mensagens, como eu disse no texto, nunca são entregues. Facebook, Hi5, Msn's e Skype dela ao ar e não tenho contacto de amigos/familiares dela.
Não. As mensagens, como eu disse no texto, nunca são entregues. Facebook, Hi5, Msn's e Skype dela ao ar e não tenho contacto de amigos/familiares dela.
beeatrizsilvaa- Mensagens : 1399
Sou de: : Gaia.
Reputação: : 7
Money: : 13476
Data de inscrição : 21/05/2011
Re: Onde estás?
Adoro !
JessicaSofiaa- Mensagens : 329
Sou de: : terra da sarrdinha e do carrapau
Reputação: : 4
Money: : 13116
Data de inscrição : 13/06/2010
Re: Onde estás?
Obrigada :)
beeatrizsilvaa- Mensagens : 1399
Sou de: : Gaia.
Reputação: : 7
Money: : 13476
Data de inscrição : 21/05/2011
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